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Análise da temporada - 2017: defesa


Dando continuidade à trilogia de artigos revisando o desempenho dos Falcons na última temporada, que na primeira parte separou os poucos pontos positivos da grande decepção que foi o ataque de Steve Sarkisian, chegou a hora de mudar de lado no gramado e apresentar os motivos que levaram a unidade do jovem coordenador Marquand Manuel a tornar-se o grande destaque da franquia.


Sem mais delongas, confira a análise completa da defesa de Atlanta em 2017:



LINHA DEFENSIVA



Ainda que ano da linha defensiva tenha sido pra lá de sólido, o sentimento de que podia ter sido melhor certamente é consenso nos torcedores dos Falcons. Com a melhor rotação em anos, a unidade aplicou 39 sacks - cinco a mais que em 2016 - e teve um desempenho sólido contra corridas, mas sofreu muito com a inconsistência individual de seus atletas: enquanto Adrian Clayborn - líder em sacks da equipe em 2017, com 9,5, seis deles em uma única partida -, Grady Jarrett e o calouro Takkarist McKinley se destacaram, a estrela Vic Beasley derrubou os quarterbacks adversários apenas cinco vezes, muito por ter perdido dois jogos por lesão e ainda ter atuado como outside linebacker em diversas situações ao longo dos jogos, impedindo assim uma maior valorização do trabalho do grupo.



LINEBACKERS



Ponto fraco da defesa por anos, o grupo de linebackers dos Falcons não só foi o principal destaque da equipe durante como também estabeleceu-se como um dos melhores da liga na atualidade. Quarto melhor contra o jogo terrestre em jardas cedidas em campo aberto - informação publicada pelo site Football Outsiders - e responsável por três das oito interceptações e cerca de 28% dos tackles for loss aplicados pela defesa, o setor deve todo o sucesso à dois jovens que completaram apenas duas temporadas como profissionais: Deion Jones e De'Vondre Campbell.


Líder da unidade Marquand Manuel, Jones a cada partida prova o quão incrível foi selecionar um atleta do seu nível na segunda rodada do Draft de 2016. Dono de 91 tackles individuais (participando de 138 ao todo, empatado em segundo em toda a liga no quesito), todas as interceptações citadas acima, um sack e 10 passes desviados, sua velocidade, explosão e consciência de um veterano dentro de campo o transformaram no coração do esquema montando por Dan Quinn, além de já emplacar seu nome entre os melhores jogadores da posição com uma participação no Pro Bowl.


Já Campbell, que era cotado para assumir a posição de SAM com chegada do calouro Duke Riley - que teve seu primeiro ano na NFL resumido por inexperiência e uma lesão no joelho -, apresentou uma evolução tão grande nos quesitos marcação contra passe e pass rush que o mesmo acabou reafirmando sua propriedade do weak side. Suas consistência o tornaram tão importante para a defesa quanto o camisa 45, tendo desviado quatro passes e aplicado dois sacks nessa temporada, além dos 92 tackles combinados.



SECUNDÁRIA



Ainda que tenha tido um desempenho acima do padrão da liga se considerarmos a média de jardas aéreas cedidas por jogo, a secundária dos Falcons esteve entre altos e baixos no último ano. A inconsistência e dificuldade para ajustar a intensidade durante algumas partidas e a falta de turnovers foram as grandes falhas do setor, custando alguns confrontos para a franquia durante a temporada; por outro lado, contra oponentes difíceis e duelos importantes o grupo fez jus a sua qualidade, limitando fortes ataques e anulando vários jogadores de destaque.


Individualmente, o grande nome foi Robert Alford, que desviou 20 passes, fez uma interceptação e provou merecida a salgada renovação recebida em dezembro de 2016; Keanu Neal e Ricardo Allen seguem logo atrás, sendo fontes de turnovers e consistência durante o ano, respectivamente. Já a decepção fica por Desmond Trufant, que não teve uma má temporada, mas sofreu atuações instáveis e falhas anormais durante todo o ano. Por fora, Brian Poole segue como uma grata surpresa e um sólido nickelback.


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