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Mock Draft 2018 - Sem trocas

Prever o Draft já é algo muito difícil ao natural, agora quando se fala dos Falcons na edição que começa nessa quinta-feira essa tarefa se torna quase impossível. Com elenco fechado e apenas uma grande necessidade - a posição de defensive tackle -, a equipe de Dan Quinn chega ao evento mais importante da offseason sem se preocupar com buracos para preencher no roster e, consequentemente, com uma uma liberdade além do normal para selecionar os nomes que mais chamarem a atenção. Dessa forma, a única pick que poderemos analisar com segurança é a de primeiro round, qual deve ser destinada a escolha de um substituto para a vaga deixada por Dontari Poe.


Analisando esses fatores e o histórico repleto de trocas do general manager Thomas Dimitroff, nesse ano resolvemos dividir nosso anual Mock Draft em duas partes: a primeira, com apenas as escolhas padrões da equipe, e a segunda, que considerará também possíveis movimentações. Quanto as escolhas, elas serão baseadas no desempenho de cada atleta, as carências do elenco e o grau de interesse de Atlanta, indicado pelas as visitas e treinos privados.


Sem mais delongas, vamos as nossas previsões para o Draft desse ano:



1º round (pick nº 26): DT Taven Bryan, Florida



Como já dito, a saída de Dontari Poe deixou um grande vazio na linha defensiva de Atlanta, sendo a posição de defensive tackle a única que não possui um titular até o momento. Com Grady Jarrett consolidando-se como um jogador de muita explosão, agilidade e capacidade de pressionar o quarterback adversário, seu novo companheiro deve possuir características parecidas com a Poe: grande, pesado e capaz de parar o jogo terrestre e lidar com dois bloqueadores ao mesmo tempo.


Contrariando parte dessas exigências, Bryan não é exatamente o nose tackle típico da NFL, algo que de nenhum modo é um ponto negativo em sua avaliação. Tendo feito um excelente combine e mostrado sua capacidade de penetrar a linha ofensiva pela Universidade de Flórida – onde Dan Quinn trabalhou entre 2011 e 2012, fator que certamente conta a seu favor -, o jovem jogador de 22 anos possui uma explosão e agilidade raramente vistas em atletas do seu tamanho, chegando até a ser comparado ao excelente J.J. Watt. Entretanto, para chegar ao nível do defensive end dos Texans, Bryan precisará de tempo e acompanhamento técnico, pois foi titular por apenas um ano no College Football e ainda apresenta problemas devido a inexperiência.


Em suma, Taven Bryan não é um substituto idêntico ao último dono da posição – especialmente ao analisarmos seu desempenho contra o jogo terrestre - e não está pronto para atuar em 70, 80% dos snaps nesse seu primeiro ano, mas seu gigantesco potencial e a provável indisponibilidade de Vea e Payne a essa altura compensa todas essas considerações.


  • Altura: 1,95 m;

  • Peso: 131 kg;

  • Encontro com a equipe: sim (treino privado);

  • Outras opções: DT Vita Vea, DT Da'Ron Payne, DT Maurice Hurst, WR Calvin Ridley, G Isaiah Wynn, LB Rashaan Evans, LB Leighton Vander Esch e CB Jaire Alexander.


2º round (pick nº 58): DT Nathan Shepherd, Fort Hays State



Nathan Shepherd possui uma história de superação que fala muito sobre sua ética de trabalho, fator que já provou ser extremamente importante para os Falcons. Por problemas financeiros, o canadense foi obrigado a parar de jogar pela Universidade de Simon Fraser e aceitar um emprego numa fábrica de caixas, algo que poderia ser o final da sua história no futebol americano. Entretanto, o jogador de 26 não desistiu: após juntar uma quantia suficiente para pagar por um semestre, Shepherd retornou aos gramados por Fort Hays State – equipe da terceira divisão do College Football - e seu ótimo desempenho o rendeu uma bolsa de estudos.


Dentro de campo, o atleta é bastante forte e atlético e possui um biótipo similar ao de Poe, podendo tanto pressionar o quarterback adversário como também atuar contra o jogo terrestre; em três anos, foram 168 tackles, 10 sacks e 27 tackles for loss. Linebacker de origem, outro ponto positivo é que Nathan ganhou massa devido a sua mudança de posição, mas para alguns scouts ainda possui espaço para crescer mais, potencializando ainda mais seu uso como 1-tech.


A falta de adversários de alto nível é sempre uma preocupação quando tratamos de um jogador vindo de divisões menores, mas o defensive tackle provou seu potencial durante o Senior Bowl e os testes do Combine, chamando a atenção dos radares da liga e subindo rapidamente pelos draft boards. Sua falta de experiência o faz um projeto de um ou dois anos para o qualificado coaching staff de Atlanta, mas sua determinação e inteligência a cada snap pode facilmente torná-lo uma grande surpresa antes do que muitos imaginam.


  • Altura: 1,93 m;

  • Peso: 142 kg;

  • Encontro com a equipe: sim (dois treinos privados);

  • Outras opções: DT B.J. Hill, DT Rasheem Green, DT Tim Settle, G Braden Smith, CB Isaiah Oliver, RB Nick Chubb e RB Ronald Jones II.




3º round (pick nº 90): DT/DE P.J. Hall, Sam Houston State



Sim, o terceiro defensive tackle em três escolhas. No entanto, Hall possui características um pouco diferentes dos dois primeiros jogadores e encaixa-se em um quesito adorado por Dan Quinn e seu staff: a versatilidade. Dono de absurdos 42 sacks e 86,5 tackles for loss em sua carreira em Sam Houston State – universidade que disputa a segunda divisão da NCAA -, o jogador é um defensive end de origem e possui muita agilidade e explosão, tendo provado isso ao correr em torno de 4,70 segundos o 40-yard dash em seu Pro Day.


Ainda que siga a linha de Shepherd e tenha enfrentado apenas adversários de nível mais baixo comparado a FBS, seus números refletem uma dominância incontestável em campo, portanto certamente o atleta possui qualidade para voar mais alto. À vista disso, Hall talvez precisará adaptar-se ao nível profissional, mas possui todos os atributos para evoluir sob a tutela Bryant Young e aparenta ser o nome perfeito para ocupar a vaga deixada por Adrian Clayborn, fortalecendo ainda mais o pass rush da equipe.


  • Altura: 1,85 m;

  • Peso: 140 kg;

  • Encontro com a equipe: sim (dois treinos privados);

  • Outras opções: RB Nyheim Hines, WR DaeSean Hamilton, WR Dante Pettis, TE Ian Thomas e OT/G Tyrell Crosby.




4º round (pick nº 126): LB Shaquem Griffin, UCF



Independentemente das escolhas do primeiro round, Shaquem Griffin já é a estrela desse draft. Irmão gêmeo do cornerback dos Seahawks Shaquill Griffin, o atleta de UCF nasceu com Síndrome da Banda Amniótica e teve sua mão amputada com quatro anos, adversidade que não o impediu de jogar futebol americano com seu irmão e tornar-se um linebacker extremamente prolífico nas duas temporada no College Football, onde anotou 166 tackles solos, 33,5 tackles for a loss, 18.5 sacks, 10 passes desviados, dois fumbles forçados e uma interceptação. Para completar seu perfil, seus números no combine foram excelentes, com destaque para o 4.38 segundos no 40-yard dash.


Questionar se Shaquem conseguirá manter o alto nível na NFL sem uma mão é algo válido, mas não deveria definir o jogador ou derrubá-lo no draft board, especialmente por ter mostrado que isso não foi um problema até então. Em Atlanta, sua mentalidade, velocidade e aptidão tanto para o pass rush quanto para a cobertura encaixaria perfeitamente na rotação de linebackers, qual ainda não está fechada e se beneficiaria muito de mais um jogador fast and physical na posição de WILL.



  • Altura: 1,85 m;

  • Peso: 102 kg;

  • Encontro com a equipe: não;

  • Outras opções: WR Deontay Burnett, WR Tre’Quan Smith, WR Keke Coutee, LB Uchenna Nwosu, DE Kentavius Street e RB/FB/TE Jaylen Samuels




6º round (pick nº 200): WR Javon Wims, Georgia



A saída de Taylor Gabriel deixou uma vaga em aberto no grupo de alvos de Matt Ryan. A lógica indica que Justin Hardy deva assumir a posição de terceiro wide receiver, abrindo também espaço para Mavin Hall, mas isso não aparenta estar decidido, já que a equipe precisará de um novo jogador, seja para roubar a vaga do camisa 14 ou ao menos completar o elenco.


Wims não teve uma carreira muito produtiva nos Bulldogs, mas destacou-se no único ano que foi um dos recebedores principais da universidade. Alto, com boas mãos e capaz de realizar rotas com solidez, o jogador anotou 45 passes para 720 jardas e sete touchdowns em 2017, chamando a atenção por vencer disputas no alto e contra uma fortes marcações. Considerando esses fatores, Javon é um upgrade interessante para o ataque de Sarkisian na red zone, possuindo ainda o potencial para conquistar ainda mais espaço no roster ao longo do tempo.


  • Altura: 1,98 m;

  • Peso: 97 kg;

  • Encontro com a equipe: sim (Pro Day e visita local);

  • Outras opções: DT Jullian Taylor, LB Jack Cichy, CB Grant Haley, DE Joe Ostman e OT Korey Cunningham



7º round (pick nº 244): QB Riley Ferguson, Memphis



Antes de qualquer coisa, devemos cravar: Matt Ryan segue sendo o franchise quarterback dos Falcons e em breve deverá receber um dos maiores contratos da liga para permanecer na equipe. Esta escolha não tem nada a ver com o camisa dois, mas sim com seu reserva, Matt Schaub, que está muito próximo da sua aposentadoria e ocupa aproximadamente $4,5 milhões no salary cap desse ano, tornando sua permanência para 2019 completamente inviável.


Ferguson é uma opção para o futuro e o prospect a essa altura que mais possui experiência em play-actions e bootlegs, partes importantes do esquema trabalhado em Flowery Branch. Substituto de Paxton Lynch - atual jogador dos Broncos - na Universidade de Memphis, o quarterback foi titular por dois anos e completou 63% dos seus passes, totalizando 7.955 jardas para 68 touchdowns e apenas 19 interceptações. Como profissional, Riley terá que ganhar mais força e melhorar sua mecânica de passe, o que não parece ser grandes problemas contanto que esteja apenas evoluindo na sombra de Ryan.


  • Altura: 1,90 m;

  • Peso: 96 kg;

  • Encontro com a equipe: sim (East-West Shrine e treino privado);

  • Outras opções: QB Kurt Benkert, QB Tanner Lee, WR Vyncint Smith, LB/S Foye Oluokun e S Afolabi Laguda.


7º round (pick nº 256): FB Nick Bawden, San Diego State



Derrick Coleman foi uma verdadeira decepção no ano passado e até então os Falcons não possuem um fullback titular, portanto é quase certo que o responsável por liderar as corridas de Devonta Freeman e Tevin Coleman venha do Draft.


Com Dimitri Flowers provavelmente já selecionado, Nick Bawden é uma boa opção para uma das escolhas finais do evento. Quarterback no high school, o jogador possui boas leituras dos bloqueios e mãos sólidas, podendo também participar ocasionalmente do jogo aéreo.


  • Altura: 1,90 m;

  • Peso: 96 kg;

  • Encontro com a equipe: sim (treino privado);

  • Outras opções: RB/FB Ryan Nall e RB Mark Thompson


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