Mock Draft 2018 - Com trocas
Como explicamos no primeiro mock draft, nesse ano resolvemos dividir nossas previsões anuais em duas partes: a primeira, onde palpitamos as escolhas padrões da equipe, e a segunda, que considerará também possíveis trocas, tanto para subir quanto para descer no draft board. Apesar das chances de acertamos cada seleção ser pequena, o grande ponto positivo dessa edição é simular de forma mais fiel a realidade, já o evento é repleto de movimentações em todos os rounds, especialmente quando tratamos dos Falcons de Thomas Dimitroff.
Analisando as posições da equipe ao longo dos sete rounds, a suposição da disponibilidade dos atletas e o histórico da equipe, decidimos por fazer duas trocas - quais são muito semelhantes às feitas em 2017 -: uma trade up - com Seattle sendo o candidato principal, já que a equipe possui apenas uma escolha nos dois primeiros dias, uma boa relação com Atlanta e está em uma localização chave -, que nos colocará entre a 15ª e a 20ª posição do primeiro round ao custo das escolhas de primeiro, terceiro e sexto round, tudo devido alta probabilidade dos três melhores defensive tackles não estarem livres na 26ª colocação; e uma trade down do segundo para a primeira metade do terceiro round, qual nos renderá em adição uma pick de quinto e sexto round, permitindo que a equipe ainda saia do draft com uma classe de sete jogadores. Vale destacar que essas trocas podem facilmente envolver escolhas do próximo ano, mas por questões obvias não iremos desconsiderá-las.
Após uma breve introdução desse novo modelo e das trocas previstas, vamos direto ao ponto. Confira as nossas previsões para o draft desse ano:
1º round (pick nº ?, via trade): DT Da'Ron Payne, Alabama
Defensive tackle é a única grande necessidade do elenco e o ano é considerado de "tudo ou nada" para a franquia, já que o Super Bowl será realizado em sua casa, no Mercedes-Benz Stadium. Sendo assim, Atlanta precisa de alguém pronto para impactar logo na sua temporada de calouro e não um projeto, como é Taven Bryan. Com Vita Vea possivelmente saindo antes da 15ª pick, Da'Ron Payne é o único nome que encaixa-se nessa descrição.
Ainda que traga consigo os problemas comuns encontrados em atletas recém-saídos do college football e precise trabalhar para atingir todo seu potencial - que, assim como o de Bryan, é assustadoramente grande -, Payne possui um físico incrível e provou ao longo de 2017 ser uma verdadeira força no interior da linha defensiva, seja contra o jogo terrestre ou mesmo pressionando o quarterback adversário. Forte, ágil e explosivo, o defensive tackle se aproxima mais do companheiro ideal para Grady Jarrett e formaria uma ameaça imediata na linha defensiva dos Falcons.
Altura: 1,90 m;
Peso: 141 kg;
Encontro com a equipe: sim (treino privado);
Outras opções: DT Vita Vea, DT Taven Bryan, WR Calvin Ridley, G Isaiah Wynn, LB Rashaan Evans e CB Jaire Alexander.
3º round (pick nº ?, via trade): DT/DE P.J. Hall, Sam Houston State
Na primeira edição, selecionamos Hall no final do terceiro round, mas sem duvidas o jogador vale a seleção logo no início do mesmo. Dono de absurdos 42 sacks e 86,5 tackles for loss em sua carreira em Sam Houston State – universidade que disputa a segunda divisão da NCAA -, o jogador é um defensive end de origem e possui muita agilidade e explosão, tendo provado isso ao correr em torno de 4,70 segundos o 40-yard dash em seu Pro Day. Em Atlanta, seu lugar será por toda a linha defensiva, seja na vaga deixada por Adrian Clayborn, qual pode ao longo do tempo torná-la sua, ou na rotação do interior.
Altura: 1,85 m;
Peso: 140 kg;
Encontro com a equipe: sim (dois treinos privados);
Outras opções: DT Nathan Shepherd, DT B.J. Hill, DT Rasheem Green, DT Tim Settle, G Braden Smith, WR DaeSean Hamilton, WR Dante Pettis, CB Isaiah Oliver, RB Nick Chubb e RB Ronald Jones II.
4º round (pick nº 126): LB Shaquem Griffin, UCF
Shaquem Griffin é talvez o jogador que mais impressiona nesta classe, seja pela sua história de superação ou pela produção dentro de campo. Em Atlanta, sua mentalidade, velocidade - destaque para o 4.38 segundos no 40-yard dash no Combine - e aptidão tanto para o pass rush quanto para a cobertura encaixaria perfeitamente na rotação de linebackers, qual ainda não está fechada e se beneficiaria muito de mais um jogador fast and physical na posição de WILL.
Altura: 1,85 m;
Peso: 102 kg;
Encontro com a equipe: não;
Outras opções: WR Deontay Burnett, WR Tre’Quan Smith, WR Keke Coutee, LB Uchenna Nwosu, DE Kentavius Street e RB/FB/TE Jaylen Samuels.
5º round (pick nº ?, via trade): FB Dimitri Flowers, Oklahoma
As trocas não só possibilitaram uma escolha mais interessante no primeiro round como também abriram as portas para Atlanta selecionar, na posição perfeita, o melhor fullback deste draft.
Apesar da posição ser por muitas vezes discriminada, Flowers simplesmente não pode passar batido pelos radares das equipes. O jogador pode ser considerado completo para um prospect da posição e ainda possui valor nos times especiais, sendo forte, ágil, inteligente nas leituras de bloqueios e ainda capaz de correr ou receber passes, versatilidade que o tornará titular já em sua temporada de calouro.
Altura: 1,87 m;
Peso: 112 kg;
Encontro com a equipe: não;
Outras opções: WR Deontay Burnett, WR Tre’Quan Smith, WR Keke Coutee, LB Uchenna Nwosu, DE Kentavius Street e RB/FB/TE Jaylen Samuels.
6º round (pick nº 200): WR Javon Wims, Georgia
Alto, com boas mãos e capaz de realizar rotas com solidez, Wims é um alvo interessante para a red zone e passes em profundidade, já que chama atenção por vencer disputas no alto e contra uma fortes marcações. Considerando esses fatores, Javon agregará valor imediato ao ataque de Sarkisian e ainda possui o potencial para conquistar mais espaço no roster ao longo do tempo.
Altura: 1,98 m;
Peso: 97 kg;
Encontro com a equipe: sim (Pro Day e visita local);
Outras opções: DT Jullian Taylor, LB Jack Cichy, CB Grant Haley, DE Joe Ostman e OT Korey Cunningham.
7º round (pick nº 244): DT Jullian Taylor, Temple
Com Payne e Hall, os Falcons estarão reforçados o suficiente para essa temporada na posição de defensive tackle. No entanto, Taylor é uma opção bastante interessante nesse final de draft, já que possui muito potencial devido ao seu atleticismo.
Podendo tanto ganhar peso e continuar no interior da linha defensiva ou aproveitar sua velocidade - de 4.83 segundos no 40-yard dash - e transferir-se para o exterior, o jovem jogador da Universidade Temple é um projeto que pode beneficiar-se do qualificado coaching staff de Atlanta e tornar-se uma grada surpresa nos próximos anos.
Altura: 1,95 m;
Peso: 127 kg;
Encontro com a equipe: sim (treino privado);
Outras opções: WR Vyncint Smith, LB/S Foye Oluokun e S Afolabi Laguda.
7º round (pick nº 256): QB Riley Ferguson, Memphis
Opção para substituir o veterano Matt Schaub e liberar espaço no salary cap, Ferguson é uma opção para o futuro e a essa altura o prospect que mais chega perto de possuir experiência no esquema trabalhado em Flowery Branch; o quarterback foi titular por dois anos em sua universidade e completou 63% dos seus passes, totalizando 7.955 jardas para 68 touchdowns e apenas 19 interceptações. Como profissional, Riley terá que ganhar mais força e melhorar sua mecânica de passe, portanto precisará de tempo para evoluir na tutela de Matt Ryan.
Altura: 1,90 m;
Peso: 96 kg;
Encontro com a equipe: sim (East-West Shrine e treino privado);
Outras opções: QB Kurt Benkert, QB Tanner Lee, WR Vyncint Smith, LB/S Foye Oluokun e S Afolabi Laguda.